O distanciamento ajuda a ver tudo com clareza. É esta a licção que tiro do momento que estou a atravessar.
Dei comigo a pensar em tudo o que ficou para trás. Desde o 1º dia, o 1º beijo, a 1º desilusão, as ofertas (as concretizadas e as que ficaram por entregar), os planos (os realizados e os que se iriam relizar)....tudo é passado a pente fino....de tudo se faz uma retrospectiva.Vamos ao ínicio.
Comecei a namorar a 11 de Fevereiro, pouco antes do dia dos Namorados. Houve presente? Celebração? NÃO. 1º sinal.
Trabalhavamos juntos e viamo-nos todos os dias. Eu brincalhona e extrovertida, ele ciumento e possessivo. Foi-me pedido que alterasse as brincadeiras. 2º sinal.Mesmo assim, a vontade de estar com ele crescia de dia para dia. Fazia-me rir, era alegre, divertido, brincalhão, a excitação era grande cada vez que estavamos juntos. Ansiava pelo momento, todos os dias, em que, a certa altura, entrava pela porta e desejava que chegando a hora de sair, não o fizesse só para partilharmos mais uns momentos.
Entretanto, ausentei-me do País pelo Carnaval. Fui 1 semana a Paris. Ínicio de relação, as saudades apertaram. No regresso, telefonei de imediato...senti frieza e não compreendi. Encontramo-nos. Revelou que se tinha envolvido com outra pessoa. Desilusão!!! 3º sinal.
Fugi! Corri sem destino! Quando parei, senti alguém atrás de mim. Chorou, pediu perdão. Perdoei.
Durou 4 meses. A 2 dias do Sto António, no meio de mais um telefonema que faziamos, decidiu terminar tudo...sem uma explicação que fizesse sentido, sem um motivo, sem uma justificação, apenas que estava cansado e que não estava a resultar. 4º sinal.
DOR!!!!
Durante 5 meses viamo-nos esporadicamente, nunca isolados e sem grandes conversas.
A 08 de Novembro, sucumbimos...aconteceu. Fizemos amor toda a noite.
Durou 12 anos.
Novamente com um telefonema, tudo terminou. Revejo-me naquela noite de Junho de 1998.
Explicações? Motivos? Incompreensiveis.
