Coração Partido

Coração Partido

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A Verdade

Nós manipulamos a verdade, e esta é a mais pura das verdades.
Tentamos ser socialmente correctos e acabamos por não dizer a verdade a maior parte das vezes.
Dizemos o que nos convém e ocultamos o que nos pode prejudicar...elogiamos quando deveriamos criticar...inventamos quando deviamos ser sinceros.
Ninguém gosta da frontalidade. É desagradável termos alguém que de manhã nos diz que parece que vimos bicho, ou que estamos com mau hálito, ou que aquele vestido nos fica mal.....mas não seria melhor se todos fossemos frontais?
Se quando o Homem dos nossos sonhos, que encontrámos naquela discoteca e com quem passámos noites tórridas, de repente deixa de nos telefonar, não seria bem melhor ter uma Amiga ao nosso lado que ao invés de atirar o chavão "Deixa lá, ele não era Homem para ti" nos dissesse "Pois, é normal, já pensaste bem na quantidade de SMS que lhe enviavas por dia". Pelo menos, uma coisa seria certa, mesmo não gostando que nos tivessem apontado defeitos, para o próximo Homem dos nossos sonhos, haveriamos de pensar 2 vezes em não exagerar nos "Bom dia" e nos "Dorme bem, amor".
Isso é a verdade, por mais que doa. E dói, aí se dói.
E numa relação, o que é a verdade? Que verdade podemos dizer e quando o podemos fazer?
Aqui é bem mais complicado.
Vão por mim, se tiverem um Namorado que inventa desculpas para a Mãe cada vez que combinam ir ao cinema e/ou que quando vão jantar fora, janta primeiro em casa para que a Mãe não se aperceba, fujam a sete pés.
Os Homens não conseguem dizer, sempre, a verdade. Imaginam na cabeça deles que nos estão a proteger do sofrimento que nos podem causar sem se aperceberem que, mais cedo ou mais tarde, tudo se vai saber e o sofrimento que eles tentaram evitar vai ser transformado em desconfiança...muita desconfiança.
E vale a pena?
Vale, pois. Pelo menos, conseguiram ganhar alguns dias sem que os estivessemos a chatear a todos os minutos acerca de algo que não queriamos que fizessem. Faz-lhes lembrar, demasiado, (todos têm traumas de infância) quando as Mães lhes ralhavam por terem deixado a roupa espalhada pelo chão do quarto ou por não terem feito a cama.
Facto: Todos os Homens mentem e todas as Mulheres têm um sexto sentido para a mentira acabando sempre por descobrir tudo o que querem, por isso CUIDADO, não procurem o que não querem encontrar.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O dia a dia

O que acontece quando termina uma relação com alguém que ainda amamos?
Sentimo-nos perdidas, sem rumo, a ter de lidar com um dia a dia que não escolhemos, a acordar, a almoçar, a trabalhar de forma mecânica, a viver em piloto automático.
Acordamos porque o despertador toca, olhamos para o lado e...nada. Tomamos banho porque sim e nem nos lembramos da música que, habitualmente, cantarolavamos debaixo do chuveiro. Vestimo-nos a pensar em estar confortáveis e tendo em conta, apenas, as intempéries lá fora. Saimos de casa e deparamos com o mundo, que não mudou e que não se apercebeu das alterações na nossa vida.
Enquanto o dia passa, mais lentamente do que desejariamos, damos connosco a ouvir a conversa do colega acerca do jantar que fará para a Mulher, da Amiga acerca da SMS que o Namorado lhe enviou, da Chefe que pede ao Marido para ir às compras porque vai sair mais tarde e pensamos, tristemente, que já não temos com quem partilhar tudo isto...e muito mais.
Passamos o dia a trabalhar e a desejar que acabe para regressarmos à nossa solidão.
Sim, agora estamos sozinhas (por muito acompanhadas que estejamos).
Voltamos a casa para encontrar o vazio...vestimos um pijama, outrora confortável, e tentamos dormir uma noite tranquila. Na escuridão, assolam-nos as dúvidas, as incertezas, os receios...Será que voltarei a ser alegre como antes? Será que serei, novamente, feliz? Será que conseguirei amar?
Sim, concerteza que sim...e com este pensamento adormecemos esperando que a dor e a tristeza estejam mais longe na manhã seguinte.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Amanhã...

Hoje dei comigo a cantar esta:
“The sun will come out Tomorrow
Bet your bottom dollar that Tomorrow
There'll be sun!
Just thinkin' about Tomorrow
Clears away the cobwebs, and the sorrow 'til there's none!
When I'm stuck with a day, that's grey, and lonely,
I just stick out my chin, and grin, and say,
Oh! The sun will come out Tomorrow
So ya gotta hang on 'til tomorrow
Come what may
Tomorrow!
Tomorrow!
I love ya Tomorrow!
You're always a day away!"
Musical Annie.

Nem sequer é um dia especialmente solarengo, nem sequer é um dia em que esteja particularmente triste...acho que é, apenas, a Esperança num dia melhor.
Que o Sol brilhe, então, Amanhã.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Tempo

O Tempo cura tudo...pelo menos, assim mo dizem.
Será?
O tempo cura o quê?
Cura os sonhos que sonhámos? Cura os momentos que partilhámos? Cura os beijos que trocámos?
Espero que sim....espero mesmo que sim!
Qual a característica do tempo para ter este dom? Será por ser longo? Será por nos fazer habituar à ideia?
Acho que são uma e a mesma coisa....com o passar do tempo, calmo, lânguido, rotineiro, habituamo-nos à ideia do imprevisível que tudo veio alterar.
Quero habituar-me a isso? Quero! Preciso!
Preciso habituar-me à ideia do que já não tenho e do que posso vir a ter...
Preciso habituar-me à ideia do que já vivi e do que ainda vou viver.
Os sonhos que vou sonhar, os momentos que vou partilhar, os beijos que vou trocar.
Quero Tempo.........

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Deveres e Direitos

Temos o dever de ser felizes...
Temos o direito a que nos façam felizes...
Temos o dever de amar...
Temos o direito a ser amadas...
Temos o dever de rir à gargalhada das piadas dele...
Temos o direito a que ele nos faça rir à gargalhada com as suas piadas...
Temos o dever de beijar...
Temos o direito a ser beijadas...
Temos o dever de ouvir...
Temos o direito a ser ouvidas...
Temos o dever de abraçar...
Temos o direito a ser abraçadas...
Temos o dever de lhe dar a mão...
Temos o direito a que ele nos dê a mão...
Temos o dever de elogiar...
Temos o direito a ser elogiadas...
Temos o dever de surpreender...
Temos o direito a ser surpreendidas...
Temos o dever de acariciar...
Temos o direito a ser acariciadas...
Temos o dever de sorrir...
Temos o direito a que nos sorriam...
Temos o dever de partilhar o luar...
Temos o direito que nos ofereçam a Lua para a podermos partilhar...
Temos, pura e simplesmente, o dever e o direito a AMAR.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Chiça....

"Chiça...As relações são mesmo uma coisa complicada e que por muito que te esforces, a verdade é que mais cedo ou mais tarde, alguém se vai cansar, ou cair em tentação, ou sentir-se baralhado ou o raio que o parta....e que fazer????"
A frase não é minha, é de uma Amiga...mas dá que pensar, certo?!
Serão todas as relações iguais? Passamos todos pelo mesmo? A verdade é só uma: SIM.
Por muito que possamos (ou queiramos) pensar que a nossa relação é diferente, que é muito sólida, que sabemos exactamente o que o outro pensa e sente e que a nós nunca nos vai acontecer, isso é tudo uma ilusão na qual vivemos...e gostamos de viver.
Tranquiliza-nos pensar que os sentimentos que partilhamos são firmes como uma rocha.....A maior parte do tempo até são e, ainda bem que assim é senão tornariamo-nos pessoas muito egoistas e desconfiadas.
Mas (lá vem o mas), o que é certo é que a dado momento, algo se passará....connosco ou com o outro...assumido ou disfarçado....permanente ou temporário.
Sejamos honestos, todos nós já sentimos um click por alguém que não o respectivo. Isso é bom ou mau? Os teóricos haveriam de responder: "Isso é muito mau, uma vez que significa que algo não está bem na relação, caso contrário, não sentiriamos algo por mais ninguém (imagino sempre alguém de cabelo grisalho, óculos na ponta do nariz e voz estridente)."
Em termos prácticos, é muito bom....e realço o muito....significa que somos humanos, que estamos vivos, que não somos indiferentes a sensações e pode fazer relembrar o que sentimos em tempos e na azáfama do dia a dia nos deixámos esquecer.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O ínicio...e o fim

Isto de começar um blog, no dia dos Namorados, acerca das dúvidas que me atormentam sobre o Amor, no mínimo é estranho e uma grande coincidência...ou talvez não.
Acabei de ficar sem "Namorado", quer dizer o acabei de ficar foi há uma semana atrás (parece ontem).
"Namorado" porque era uma relação de 12 anos, onde já morávamos juntos há 7...era aquela relação em que quando temos de apresentar a pessoa que está ao nosso lado não sabemos bem se o intitulamos de Namorado ou de Marido....era ambos, ou pelo menos assim pensava eu.
Numa tarde de Domingo, soalheira e simpática, num fim de semana repartido em festas de aniversários das nossas sobrinhas (a minha e a dele) e após insistência da minha parte em saber o motivo do ar tão carrancudo, cabisbaixo e irritado, caíu a bomba: "Preciso de um tempo".
A justificação: "O trabalho não anda bem, o semestre da faculdade correu mal e preciso de estar sozinho para pôr as ideias em ordem".
Pensava que ao fim de 12 anos já não se usava pedir-se um tempo (já percebi que estava iludida) e que isso se fazia nos tempos em que estava na escola (secundária, na altura) e o rapaz com quem andavamos a trocar beijinhos nas traseiras dos pavilhões, de repente, se lembrava de "pedir um tempo".
Aquilo que ele queria dizer era mais: "Tenho ali outra a fazer-me olhinhos, quero experimentar e estás a empatar-me a vida....se não der em nada e ela apenas quiser gozar comigo, sempre te tenho à minha espera".
Isto de dar um tempo tem a sua arte.
É preciso realçar que quem está mal e errado é o próprio, que a culpa não é da outra parte....é preciso elogiar a grande Mulher que somos, que sempre esteve a seu lado em todos os momentos menos bons (e foram muitos) pelos quais já passou, a paciência e a dedicação que sempre tivemos para com ele e que nunca vai encontrar outra Mulher como nós....blá....blá....blá...
E depois de todos os elogios, vem o "mas"...
E agora?